segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

O Amor Platônico


O amor pode ter milhares de formas, milhares de fases.. pode passa, pode esperar, pode voar, pode ficar, marcar.. Enfim! pode-se quase tudo. Até mesmo vir de uma forma alucinante, no qual eu vou falar aqui hoje.

Aquele que nós queremos mais não vemos entrada para que qualquer coisa aconteça, aquele que desejamos mais não temos, aquele que nós não alcançamos de jeito nenhum.. é, esse pode ser o seu "Primeiro Amor Platônico".

Isso já é uma grande normalidade mais ocorrida no lado feminino, que causa extrema sensação de alucinação, paixão impossível e etc.. que na verdade realmente é tudo isso e mais um pouco. Penso eu que o amor platônico deve ser o único amor que se realiza por completo. Ele não precisa de reciprocidade, é único e sobrevive sozinho. É alimentado pela ilusão da pessoa perfeita, aquela que não dá trabalho, não fala a coisa errada na hora errada e não faz xixi de porta aberta. E, claro, quem está vivendo dentro da ilusão não se dá conta que aquilo ali é fruto de uma imaginação para lá de fértil.

E que pode aparecer, há qualquer momento.. por qualquer pessoa, costumando ser a mais impossível, e distante das suas carícias, digamos assim rs! O barato desse amor é criar situações perfeitas, maravilhosas, quase irreais.. entre você e ele (a). Como se fosse numa novela onde você comanda tudo, e faz tudo, desde a direção até a protagonização, perfeitamente e essencialmente do seu jeito, e que no final como de exato tudo acaba bem :)


Quando se ama de longe, dá para acreditar que podemos fazer tudo pelo ser-amado. É essa força que faz um amor platônico sobreviver e se tornar o mais duradouro de todos os tempos. O mais legal é que todos os envolvidos sabem que nunca daria certo, quase uma espécie de "benchmark". No filme "Minha vida sem mim", a personagem - que tem uma doença incurável - faz uma lista de pedidos simples antes de morrer. Um deles é que alguém diga que a ama incondicionalmente - mesmo ela sendo muito bem casada e feliz. É a necessidade de ser amada e de viver uma grande paixão, sabendo que nunca se concretizará.


O que me faz concluir que a gente precisa de uma paixão não-realizada para viver. Uma que ligue no dia do seu casamento e peça para você não casar- mesmo que faça anos que vocês dois não se vejam. É o amor pelo que "deveria-ter-sido", não pelo "o-que-realmente-é". Como diz no fim do filme Amores Perros: "Também somos aquilo que perdemos".

E é numa dessas que vimos, o quanto somos frágeis, diante das muralhas da vida e principalmente do amor. Na maioria das vezes sempre nos matemos tão confiantes, mais aí o coração amolece diante de tamanha gentileza e caráter que só outro amor, pode desencantar rs!

"Tantos concerteza até então nus propuseram a felicidade e tentaram de tantas formas nus mostrar toda a fidelidade, sinceridade, cumplicidade e amor. Pórem nosso duro coração se fechou, tornando-nos obcecada a esse alguém, sufoquando nossas dores e delas fazendo o nosso alicerce, desacreditando dos nossos sonhos. Nos desarmando de tal forma com tanta facilidade nos deixando sem chão, sem condições de lutar contra as circunstâncias que fizeram-o ser especial. Sabemos que tudo não passa de um sonho imprevisível e inatingível, mas a força desse amor nos faz viver" .

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